segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Chuva

Faz frio lá fora.
Oiço a chuva a bater forte na janela
Os ramos das árvores a forçarem o telhado.
O aroma a terra molhada entra devagarinho
E invande o perfume deste quarto
Perdido entre os cobertores
Ouvindo a suave harmonia da chuva
Há momentos assim
Em que a simplicidade torna tudo
Tão perfeito.
Abraço a almofada
Aconchego os cobertores
Ao longe um trovão atinge o solo
E um clarão invande o meu quarto
Olho para ti enquanto te enroscas nos lençóis
E soltas um sorriso ao reparar que te observo
No escuro e no silêncio
Oiço-te feliz
E sei
Que é tão simples, tornar tudo tão perfeito
Quanto estás comigo.

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Não resisti comentar.É esmagadoramente belo! As tuas palavras relembram sentimentos, provocam emoções adormecidas e sabores de outrora. Acordam-nos da apatia, sacodem-nos, remexem a saudade. Senti-me indefeso, desprotegido, desfavorecido. Tenho inveja.
É quase cruel a maneira sábia como manejas as palavras e exprimes os sentimentos. Deste lado, fica a vontade de lêr mais, a ansiedade do desenrolar do belo, do puro, do perfeito. Para nosso bem, não pares!!!

JM.

sexta-feira, agosto 29, 2008 6:08:00 da tarde  

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