segunda-feira, 20 de agosto de 2012

1994

1994

Onde estás tu? E porque razão, interrogo-me sentado sozinho, numa casa escurecida, fomos forçados a separar-nos?
Não conheço as respostas para estas perguntas, por mais que me esforce por compreender. A razão é evidente, mas a minha mente obriga-me a rejeita-la e sou atormentado pela ansiedade, durante todas as minhas horas de vigília. Sinto-me perdido sem ti. Sinto-me sem alma, um vagabundo sem casa, um pássaro solitário em voo para lado nenhum. Sinto todas essas coisas, e não sou absolutamente nada. Esta, meu amor, é a minha vida sem ti. Anseio por que tu me mostres como viver de novo.

(Nicholas Sparks)

sábado, 28 de agosto de 2010

Quanto mais

Quanto mais queremos,
Quanto mais desejamos,
Quanto mais tentamos não errar..
Tudo acontece.

É como que uma atracção pelo erro.
Tudo o que façamos, é errado.
E quando tentamos corrigir, por mais dificil que seja..
Fica ainda pior.

Desistir?
Forçar até acertar?
Esperar que se resolva sozinho?

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Como?

Como é que se engana a solidão?
Como se esquece as saudades?
Ensina-me.
Mostra-me o caminho.
Antes que me perca neste mundo de desespero
Por não te ter a meu lado.

Como aguentar um dia sem ti?
Quando és tu que fazes o meu coração bater.
Que alimentas a minha alma.
Que me fazes viver.

Viver sem ti, não é viver.
É apenas arrastar-me por estas linhas de tempo
Sempre à espera do momento
Em que voltarás para mim..

domingo, 25 de abril de 2010

Só eu

Lá do alto.
Numa terra longínqua.
Onde o céu é sempre azul.
E onde os sonhos são bem mais que simples desejos.
Onde cada gota de chuva, é feita ao pormenor.
Onde mesmo na noite mais escura, uma vela sempre arderá.
Onda cada sorriso, vale mais do que qualquer palavra.
E onde cada palavra, guarda as memórias do seu passado.
Onde cada segundo, vale tanto como um nada.
E vale tanto, como um tudo.
Lá do alto.
Lá bem longe.
Algures para lá do horizonte.
Onde só eu sei o caminho.
Onde só eu tenho o mapa do tesouro.
Só eu.

terça-feira, 25 de agosto de 2009

A casa abandonada

A um canto da sala, inundada de pó, estava aquilo que parecia uma caixa muito pequena, bem mais pequena que a palma da minha mão. Peguei nela com todo o cuidado, e soprei levemente, levando a que todo o pó lá concentrado durante anos e anos, fosse lentamente desaparecendo. Uma caixinha tão frágil, que alguém esqueceu durante anos, naquela casa abandonada. Não havia sequer uma alma ali - e provavelmente não haveria à já muito tempo..
No entanto, aquela coisa pequena e insignificante, ali permaneceu, mantendo-se fiel à sua existência. Incrivél - pensei eu. Quantos de nós, no lugar daquela pequena caixa, não teriamos desistido? Tal como fazemos aos sentimentos? Guardando-os numa pequena caixa, bem escondida em nós, mas que se vai perdendo e desfazendo com o tempo, até desaparecer completamente.. Mas aquela não. Ali se mantinha, frágil como sempre, mas inteira.
Olhei em volta. Como sempre não havia ninguém. A casa estava completamente deserta. Pó por todo o lado, e uma escuridão imensa. A única luz era a da minha lanterna, embora não fosse muito forte de qualquer maneira. Por todo o lado conseguia ver restos de mobilia, sofás e cortinas, tudo misturado e desfeito. Provavelmente, ao longo de todo este tempo, alguém deve ter cá entrado e se divertido a estragar tudo isto. No entanto, falhou ao não ver esta pequena caixa a um canto a observa-los durante todo esse tempo.
Hesitei. A caixa não era grande, mas o seu conteudo e o seu segredo, poderia ser. Não sei se me deveria intrometer naquilo que outrora tinha sido importante para outra qualquer pessoa. Olhei para a caixa, a tentar decidir se haveria de a abrir ou não..

sexta-feira, 22 de maio de 2009

És tu?

Encontrei-te?
És mesmo tu?
Perdida entre o nevoeiro, dançando ao som das ondas do mar.
E eu ali incrédulo, a olhar para ti.
Encontrei-te?!
És mesmo tu?!
Anos e anos de procura incessante..

Vejo cartas espalhadas pelo chão, livros abertos ao sabor do vento, enquanto o nevoeiro ofusca as suas linhas.
Observo, imóvel, enquanto te diriges para a água, avançando lentamente.
Tento avançar também, mas o meu corpo não responde..
Tento gritar mas o som não parece sair.
Nada mais posso fazer do que te observar enquanto te unes com o mar e com o nevoeiro até desapareceres de vez.
Perdi-te de novo. Tudo parece uma ilusão.. Um sonho..
Estarei acordado?
Avanço finalmente na direcção onde estavas.
Nada. Já não te vejo.
Mesmo os livros e as cartas já lá não estão.
Um sonho?
Ao fundo entre a areia, um pequeno pedaço de papel balança ao sabor do vento.
Pego no pedaço de papel e esforço-me por ler o que lá está escrito, sem o entender muito bem.
.......................
Olho para o mar. Já te entendo.
Vou-te encontrar, não te preocupes.
Vou-te encontrar, menina dos olhos verdes.

segunda-feira, 23 de março de 2009

Menina dos olhos verdes (IV)

Por ti anseio. Por ti procuro.
Porque fugiste?
Não te encontro.
Olho em volta.. Procuro esses olhos verdes perdidos por entre a multidão.
Nada.
Só escuridão à minha volta.
Ilumina-me o caminho até ti.
Preciso de sentir o calor desses olhos, perto de mim.
Vem, encadeia-me com essa paixão perdida.
Traz de volta o sentido a esta pobre vida, menina
.

sábado, 29 de novembro de 2008

Presente de Natal

Era a noite antes do Natal, e na rua imperava um silêncio total.
Devagar, ele ia vagueando a cidade sem um qualquer destino certo à sua espera.
11:24 da noite.
- Quase Natal – pensou ele.

Pôs as mãos nos bolsos rotos à procura de qualquer moeda perdida, com que pudesse matar essa fome que o descontrolava. Mas no fundo ele sabia que o que o mais incomodava (embora a fome fosse imensa) era o facto de ir passar mais um Natal sozinho. Já tinha perdido a conta de quantos eram os Natais que passava daquela forma (Mais de 10 certamente) mas ainda se conseguia lembrar do seu último Natal em família, e sabia-o com toda a certeza – O que mais lhe fazia falta, não era aquela comida imensa na mesa.. Não era a televisão ligada para o entreter horas a fio.. Não. Não era isso. Ele sabia que era o aconchego de uma família, de uma casa, de ter gente com quem contar. Ninguém conseguia imaginar o quanto ele sentia falta disso.
Ao lembrar-se disso as lágrimas vieram-lhe aos olhos (algo habitual naquela época do ano, era a mais difícil de suportar).
A ausência doía demais, e nem um ombro amigo tinha com quem desabafar. Falava sozinho, o que fazia as pessoas acharem que era maluco. Mas muito pelo contrário. Nunca tinha estado tão lúcido e com atenção ao que se passava em seu redor como naquele momento.

Ouviu sinos ao longe. - Meia noite – pensou ele.
Feliz Natal amigo – disse ele para si próprio enquanto se debatia por dentro com as razões que o faziam ainda querer viver esta vida.
Afastou os pensamentos, sabia que não lhe serviriam de nada. Ouviu risos atrás dele. Duma janela da casa que estava por trás dele, viu crianças a brincar e adultos a conversar. Mais memórias lhe vieram à cabeça. Boas memórias mas que doíam. Doíam-lhe lá no fundo. Continuou a andar para não os ouvir mais.
As pessoas iam passando raramente por ele, mas sempre com aquele olhar de desprezo que ele já estava habituado.

Pela 1ª vez deu consigo a desejar que tudo acabasse.
- Amigo, você está bem?
Não tinha reparado mas estava de joelhos no chão, cabeça para baixo e mãos na cara. A imagem lembrava-lhe o fim.
- Sim, estou bem obrigado. - Disse embora mentindo.
- Que faz aqui ao frio e à chuva na noite de Natal?
Não tinha reparado que chovia com alguma intensidade. Ele não lhe respondeu, apenas se levantou e o olhou com um olhar triste e sincero.
- Não tenho para onde ir – disse ele finalmente como que envergonhado.
- Venha comigo então. Arranjo-lhe um sitio onde passar este dia especial.
Sem uma escolha melhor, ele foi atrás do jovem que calmamente seguia o seu caminho.
- Aqui – disse ele.
Ele olhou e lá dentro, dezenas de pessoas, notoriamente na mesma situação que ele, estavam sentadas em diversas mesas comendo um simbólico jantar de Natal.
- É o meu restaurante – afirmou o Jovem com um ar sincero – Hoje ofereço-lhe um aconchego e comida.
Ele não sabia o que dizer. Claro que sabia que havia boas pessoas e com bom coração no mundo, mas era cada vez mais difícil de as encontrar. Sentou-se na mesa ao seu lado e visivelmente feliz com comida na mesa e pessoas à sua volta, dirigiu-se ao Jovem com um tom emocionado e lágrimas nos olhos e disse-lhe.
- Obrigado amigo, pelo melhor presente de Natal que alguma vez tive.



Que haja um pouco do bom coração do jovem em todos vocês.

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Tudo é mágico

Tudo é mágico – Parece dizer esta casa.
As cortinas corridas, evitando a luz brilhante do sol, lá fora, escondem o pó acumulado entre os sofás, e os tapetes. Ao longe um velho piano pesado, deixa mostrar teclas suaves, e que pouco foram usadas nos seus dias.
Iria precisar de ser afinado – pensou ele.
No canto mais perto dele, viu aquilo que deveria ser restos de jornais. Imaginou o antigo dono, sentando na sua poltrona – agora coberta de pó – e a folhear lentamente o jornal, mantendo-se actualizado com o mundo, ao mesmo tempo que ia fumando um fumarento cachimbo. Tantas memórias perdidas entre as paredes daquela casa..
Um velho quadro, pendurado na parede à sua frente, prendeu-lhe a atenção. Era a foto de uma senhora idosa, a fazer o seu tricot, e com um pequeno gato a seu lado, enrolado a dormir. Uma imagem serena, e
conforme podia comprovar, tinha sido feito naquela casa. O Sofá retratado no quadro, era o mesmo em que ele se encontrava encostado.
Olhou em volta, estava tudo arrumado. Poderia até apostar que alguém tinha acabado de arrumar aquela sala, se não fosse o pó acumulado por toda a divisão. Procurou em volta por algo mais que lhe interessasse.
Até que a viu. A um canto, parcialmente escondida por tudo o resto. Pequena, com cerca de um metro – certamente não teria mais do que isso.
Aproximou-se e, instantaneamente, percebeu que seria com toda a certeza a mais bonita, e mais perfeita que já alguma vez tinha visto.
Estava ainda enfeitada. Fitas, bolas brilhantes, e até pequenas decorações a imitar as meias em que se costuma por os pequenos presentes, naquela noite tão especial. A pequena árvore de natal, coberta por uma pequena camada de pó, continuava perfeita, brilhante, e tinha ainda, a seus pés, uma prenda por abrir.
Ele chegou perto, e leu o cartãozinho que estava por cima do embrulho.
“Para ti, meu querido. Sempre e só para ti.”
Achou a dedicatória, tão especial. Tão perfeita.
Muito cuidadosamente, desembrulhou a pequena prenda, e abriu.
Ficou espantado quando a abriu. Não queria acreditar no que lá viu. Lá dentro estava...

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Connie Talbot

Uma versão da música "Somewhere over the rainbow" cantada por uma menina chamada Connie Talbot de 6 anos.
Tenho ouvido isto tanta vez que decidi por aqui, mesmo que isso quebre o normal seguimento do blog, mas achei tão perfeito :)

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Chuva

Faz frio lá fora.
Oiço a chuva a bater forte na janela
Os ramos das árvores a forçarem o telhado.
O aroma a terra molhada entra devagarinho
E invande o perfume deste quarto
Perdido entre os cobertores
Ouvindo a suave harmonia da chuva
Há momentos assim
Em que a simplicidade torna tudo
Tão perfeito.
Abraço a almofada
Aconchego os cobertores
Ao longe um trovão atinge o solo
E um clarão invande o meu quarto
Olho para ti enquanto te enroscas nos lençóis
E soltas um sorriso ao reparar que te observo
No escuro e no silêncio
Oiço-te feliz
E sei
Que é tão simples, tornar tudo tão perfeito
Quanto estás comigo.

domingo, 6 de julho de 2008

Perco-me em ti

Trazes me tanto
Sem nunca hesitar
Trazes loucura sã
Para me fazer acordar

Peço-te uma gota
Trazes-me um mar
Deste-me um beijo
E ensinaste-me a amar

E perco-me em ti
Como uma sombra na escuridão
Peço-te guarida
Mas não te peço perdão
E perco-me em ti
Qual desejo infiel
Encontro-me neste amor
Tão doce quanto mel.

Levas-me as palavras
Perdidas neste céu
e o amor entregue a nós
Só tu, e eu.

E entre essa solidão
Que se esconde a cada esquina
Em cada banco de jardim
Desta vida só minha

Tão perto está o fim
Desta existencia tão banal
Que o amor feriu
E a solidão já nem faz mal..

domingo, 18 de maio de 2008

Perdi-te. (Menina dos Olhos Verdes)

Perdi-te na multidão.
Procuro em vão o teu olhar
Penso que te perdi, sem sequer te ter.
Deixaste de ser minha, sem nunca o teres sido..
Olho em vão para todas as pessoas
Procurando um sinal de ti
Esperando te encontrar de novo.
Esperando. Desesperando.
Por esse teu olhar.
Pela menina dos olhos verdes.
A menina que me fascina.
Que me destroi lentamente com a sua ausência.
Procuro em cada lugar, em cada recanto.
Mas não te encontro..
Terá sido apenas um sonho?
Onde estás tu, minha menina dos olhos verdes?

sexta-feira, 9 de maio de 2008

Coração


Simplicidade tão perfeita
Nas asas desta paixão
Em que tudo é natural
Assim é o coração.


Quente e frio
Alegre e triste
O único que sabe
De tudo o que existe.


Umas vezes derretido
Outras vezes de pedra
Mas nunca partido
Que ele também quebra.


Quem fala por ele
Fala com Amor
Porque este coração
Cura qualquer dor.

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segunda-feira, 21 de abril de 2008

A Razão de Ter.

Tenho saudades.
Saudades de andar na rua de mão dada.
Saudades de passear entre sorrisos abertos, com o coração na mão a cada palavra e cada gesto.
De recordar cada momento vezes sem conta.
Do nervoso miudinho para aquele primeiro encontro.
Aquele em que sabemos que tudo vai acontecer e sofremos por antecipação.
Daqueles momentos e momentos em que a nossa mente vagueia por entre sonhos e esperanças, daquilo que poderá acontecer e em que tudo o que passamos volta sempre á mesma pessoa.
Sim, tenho saudades.
E pronto.

quinta-feira, 17 de abril de 2008

Deixa-me Dizer

Deixa-me dizer-to por outras palavras.
Sentimentos que a boca não consegue exprimir
e que o coração aperta, pela proximidade
De ti.

Deixa-me dizer-te que não te quero.
Ou que não te amo.
e que o coração sofre, pela primeira vez.

E eu não tive a noção de te ver afastar de mim
e ver-te fugir, até te perder
Deixa-me dizer-to por outras palavras.

É mais um beijo imperfeito que trocamos
Mas não posso pensar que esta noite
Tu te encostarás ao meu peito fechado.

A verdade é que não sei o que estou a dizer.
Mas o meu coração continua a sentir.

sexta-feira, 14 de março de 2008

Menina dos olhos verdes (Continuação...)


Triste a forma como tudo acaba.

Olhos verdes que me fascinam,
Me deliciam com profundos pensamentos, com inebriantes cheiros, com o olhar que me derrete, e o sorriso..

Aquele sorriso que te faz quem tu és, mesmo que eu ainda não te tenha encontrado.
Aquele sorriso que me apaixona, pelos raios de luz desta fria manhã de Inverno.

A menina dos olhos verdes, simples, singela e inocente, que continua perdida na minha imaginação, sem encontrar o caminho da saída.

O caminho do meu coração.

quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

A noite não sabe..

Nas sombras do meu peito
Não sei se dormes em mim
Se adormeces sonhando
Que este dia tem um fim
Se acordas desejando
Que tudo será sempre assim.


Fingindo esta dor
Furando o teu peito
De mentiras e injúrias
De verdades nuas e duras..


A noite não sabe
Do vento e da chuva
Enquanto tu dormes
Numa paz que não é tua..


Nas minhas mãos vazias de ti..

quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Simples

Simplicidade perdida
No oceano das tuas escolhas
Onde já nada voltara a ser como era.
O tempo nunca perdoa a indecisão
De quem quer aquilo que não tem
E vai perdendo aquilo que tinha.
Não faças dessa vida um teatro
Em que esqueces tudo quando o pano desce
Nem do teu sorriso uma luz
Que se vai apagando para não gastar.
Não tenhas medo de fazer escolhas
Nem de ser mais rápido que o tempo
Porque tudo é simples quando queremos
Nós é que "gostamos" de complicar.

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

A velha casa

Deito-me neste sofá usado, cheio de pó. Cheira a antigo.
No velho rádio toca a nossa velha canção.
O ambiente está escuro - A luz do Sol não consegue penetrar na perfeição através destas cortinas.
Enquanto passeio pela casa oiço o chão a ranger sobre os meus pés.
Uma brisa vinda da floresta vai batendo lentamente na janela.
Os móveis estão cobertos por panos brancos mas consigo descortinar ao canto, o meu velho piano. Sempre disseste que ele não encaixava na decoração que querias mas, no entanto, sempre ali ficou. Não mais foi usado, e o pó concentrou-se nele.
Oh! Aquelas longas horas em que eu tocava e tu ias fazendo o teu crochet.. Lembras-te?
Certamente sorriras, tal como eu, ao te lembrares disto tudo.
Tudo parte de um passado..

domingo, 26 de agosto de 2007

Obrigado!

Hoje decidi não meter um texto como os que costumo por.
Hoje achei que era altura de dizer algo que ando para dizer á algum tempo.
Um agradecimento a toda a gente que tem comentado os meus textos, seja aqui, seja noutros lados, e que me apoia naquilo que escrevo.
Sei que não escrevo nada de mais, e que ainda tenho imenso para aprender, mas ainda me sai um sorriso largo, quando descubro alguém que gosta do que escrevo.
Um sincero obrigado a toda a gente que vai passando por este cantinho.
E claro, um obrigado de saudade á razão que me fez começar a escrever, quando era mais novo, e que foi a razão do meu primeiro texto de sempre. Não sei onde estás, mas gosto de acreditar, que estarás a olhar por nós todos lá de cima, e que sorriras ao ler isto.

Um beijinho, e um abraço :)

quarta-feira, 22 de agosto de 2007

Uma alma perdida

Ninguém sente aquela saudade de andar na rua á chuva,
Chegar a casa encharcado, mudar de roupa e
Deitar-se em frente á lareira com um chocolate quente?

Ou aquela saudade de chegar a casa cansado do trabalho e da rotina,
e ter um abraço de alguém especial á nossa espera?

E aquela saudade de adormecer agarrado a alguém
e acordar de manhã ao lado da pessoa que amamos?
Ninguém sente?

Eu sinto!

quinta-feira, 14 de junho de 2007

Amor.. Um sossego sofredor.

O amor vai e vem, Sempre sem hora marcada
O coração vai sofrendo, Com mais uma paixão trocada
A dor chega fundo, Faz a alma sofrer
E sentes que já não tens nada.. Nada a perder
Não quero viver.. Viver só por viver.

terça-feira, 22 de maio de 2007

Menina dos olhos verdes (2)

Aquela menina dos olhos verdes que lentamente sobe os degraus
E suavemente me olha por entre os seus cabelos negros
E eu sonhava poder subir com ela, e perder-me na imensidão do seu olhar
E descobrir finalmente quem é esta menina dos olhos verdes, por quem o meu triste coração bate fortemente..

quinta-feira, 19 de abril de 2007

Menina dos olhos verdes

Eras tu quem tornava os dias, um sonho feliz..
Naquela noite perdida, aqueles olhos verdes dos quais eu não me conseguia desviar, desejando saber quem era a rapariga que alegrava o luar..
A fogueira ao centro, ardia lentamente e as estrelas cintilavam ao ritmo da tua respiração, enquanto juntos partilhavamos a nossa última dança.
E eu sonhava poder tocar os lábios daquela que se encontrava agora á minha frente. Poder ouvi-la sussurrar baixinho ao meu ouvido..
Foram já dias e dias, e nada parce igual ao que era. A música parece não soar tão bem, e o sol parece não brilhar tão impune como antes..
Quem será esta menina dos olhos verdes que olha timidamente para mim?

domingo, 25 de março de 2007

Nada é "Para Sempre"

É tudo tão vago
Quando tudo parece longe..
E o tempo foge
Como um navio naufragado

As palavras ecoam ao vento
Libertas de pensamento
Fundidas com a chuva
Num triste lamento

Numa suave flor
Salpicada por pingos de amor
Juntou-se a lembrança
Com a eterna esperança..

A esperança de viver
De viver e morrer..
Porque nada é para sempre
E quem diz o contrário.. Mente.

quinta-feira, 8 de fevereiro de 2007

Trago-te Sempre Comigo

Esta noite sou
Dono do céu
Num beijo apertado
Um beijo teu

Numa asa que voa
Leve como uma pena
Uma palavra tão doce
Sussurrada ao meu ouvido

Trago-te sempre comigo

Estas mãos vazias
De te abraçarem
Estes olhos sedentos
De te olharem

Vou ficar a esperar
No caminho deserto
Aquele que ninguém conhece

Perdido no teu coração

Trago-te sempre comigo



domingo, 19 de novembro de 2006

Quem nunca sentiu o toque do amor?

Saudade!
Oh que palavra tão vaga..
Como podem 7 letras causar tanta dor?
Tanta tristeza, tanto sofrimento..
Talvez da mesma forma que apenas 4 letras,
te podem fazer sentir perfeito.. ou desilusão.
Amor!
Como custa, sofrer e não saber o que fazer.
Como custa sofrer por uma palavra.
Tão simples e vulgar..
Oh! Mas sofremos todos!
Não me digas que não. Seria mentira.
Quem nunca sentiu aquela saudade,
que te rasga o peito, te desfaz o coração
e te consome lentamente ao passar do tempo..
Quem nunca sentiu o toque do amor?

terça-feira, 24 de outubro de 2006

.

Deixei-me cair sobre a areia banhada pelo mar,
Uma onda chegou aos meus pés,
Uma gaivota planava por cima de mim,
Pequenas gotas de chuva caiam lá do alto, enquanto uma réstia de sol ainda teimava em brilhar por entre as nuvens,
Ao longe, um barco navegava ao sabor do vento, calmamente,
Ao meu lado o sorriso mágico duma criança que construia castelos de areia e se divertia a pisa-los criando de seguida outro castelo com o mesmo fim.
Sorri.
Sabia o que era a perfeição.
E só faltavas tu para a atingir.

quarta-feira, 18 de outubro de 2006

És tu que me fazes ser eu.

Sei que estamos longe.
Sei que não é fácil.
Mas não é isso que me fará desistir.
Apenas me fará apreciar ainda mais cada segundo que passo contigo.
É essa distância que me faz ver o quanto eu preciso de ti..
e o quanto fico incompleto se não estás ao meu lado.
É em ti que eu penso em todos os momentos,
e é por ti que eu espero todas as horas do dia.
És tu que dominas os meus sonhos.
És tu que me fazes ser eu.

sexta-feira, 6 de outubro de 2006

"..Porque eu não sou.."

Porque eu não sou, nem quero ser, aquele que se arrasta inexplicavelmente, atrás de ti.
Aquele que não olha em mais nenhuma direcção, senão naquela para onde tu vais.
Que nunca se questiona o porque de continuar assim, e sem ter a dignidade de parar, pensar, e reparar em tudo o que tu fazes.
Não sou perfeito, é verdade. Mas também nunca disse que era. E também nunca o tentei ser. Tenho mais defeitos do que qualidades, mas não me tentes “arranjar”, eu não estou partido. Desmontado, talvez. Sem instruções, também. Difícil de entender, e compreender, obviamente. Mas não obrigo ninguém a fazer rigorosamente nada. Tu é que me tentaste completar.

Não te pedi, para me amares. Tu fizeste-o, porque quiseste. De livre e espontânea vontade. Agora não me venhas com lições de moral, quando eu nunca escondi qualquer defeito, desde o princípio.

terça-feira, 5 de setembro de 2006

Princesa

9 meses esperamos por ti.
Á espera de sermos uma familia maior
Uma familia melhor.
A tua familia.
Todos os problemas que já nos deste
E ainda nem 20 minutos de vida tens
Imagino o mundo diferente só para ti
Em que tudo é perfeito
E não terás que sofrer, nem chorar
Se depender de mim, é isso que vai acontecer
Como pode uma coisa tão pequena, ter tanta perfeição?
Como pode uma coisa tão pequena, ter tanto amor?
Nós esperamos impacientemente por ti
O primeiro pontapé na barriga
Até ao teu primeiro choro
Nasceste agora, mas pareces tão grande já
Será que o tempo vai passar sempre tão depressa?
Tenho medo que não venhas a gostar de mim
Que não seja quem tu esperas que eu seja
De não ser perfeito para ti.
És tão pequena, mas tão perfeita
Mal posso esperar para te ver dar os primeiros passos
Para te ouvir dizer, "Pápá.."..

segunda-feira, 21 de agosto de 2006

21 Agosto

Não sei que te dizer.
Ao fim de tantos anos, finalmente estamos juntos.
As palavras parecem ser falsas. Vazias. Ocas.
Palavras, trocamos todos os dias, durante muito tempo.
O silêncio apodera-se agora de nós.
Depois de tanto tempo, a distância entre nós aumentou.
Embora estejamos lado a lado, parece que estás tão longe.
Nem o teu olhar fixa o meu, da forma que costumava.
Embora sejas tu, eu sei que já não és a pessoa por quem tanto esperei.
Anos á espera deste momento.. e para que?
Se o tempo apagou quase tudo o que havia entre nós.
Se já não passa duma lembrança vaga.
Algo relembrado apenas, num album de fotografias.
Parece que afinal o tempo cura tudo..

quinta-feira, 3 de agosto de 2006

Fotografias Recortadas (parte 1)

Fotografias Recortadas..
Parte dum passado que todos queremos esquecer. Um passado do qual, muitas vezes, já nem nos lembramos dos pormenores. Ás vezes nem das coisas que mais nos marcaram, nos lembramos. Mas e a dor? A saudade? Isso fica sempre.. Por mais que tenhamos uma nova vida.. Por mais que digamos e acreditemos que tudo ficou para trás. Não ficou. Nós sabemos que não ficou.. Para que, mentir a nós próprios? O fantasma do passado, nunca nos larga.

--

Viras lentamente as folhas do teu album de recordações. Fotos antigas, há muito esquecidas, mas nunca perdidas no tempo. Sorris de saudade com cada fotografia, mas por dentro choras abundantemente, mas de forma a que ninguém veja.
Fotografias recortadas, coladas no teu album. No teu precioso album, que encostas ao peito e suspiras de saudade por algo que sabes que não volta.. Eventualmente uma ou outra lágrima acabam por furar a barreira, e chegam a cair por cima do teu album. Mas tu nem ves..

domingo, 23 de julho de 2006

..



Porque temos receio de dizer aquilo que sentimos?
Leva-me para longe..
O mais longe possivél daqui..
Onde nada me faça lembrar de ti..
Leva-me para longe de ti..

segunda-feira, 26 de junho de 2006

Para ti.

Sussuraste-me ao ouvido
"Nunca me deixes"
Eu sorri.
Soube naquele momento
Que o nosso amor era para sempre.
Mesmo que um dia terminassemos.
Mesmo que um dia nos separassemos.
...

Aconteceu.
Já não estás neste mundo.
Não imaginas as saudades que tenho de ti.
Mesmo depois destes anos todos.
Ainda és tu que está sempre a meu lado.
Ainda é em ti, que penso todos os dias.
Porque ainda és tu que eu amo.
E sei que, estejas onde estiveres..
Ainda sou eu que tu amas.
Um amor assim, nunca acaba.
Só aumenta..

terça-feira, 13 de junho de 2006

Primeiro Amor

" Foste o meu primeiro amor
Um raio de sol entre muitas trovoadas
Nunca esqueci aquele teu sorriso mágico
Aqueles passeios de mão-dada
Parece que foi tudo ontem.
Eu e tu abraçados á chuva
Olhares indiscretos e sorrisos sinceros
Como gostava que nunca te esquecesses de mim
Sei que a vida te corre muito bem
Sei que arranjaste outra pessoa
E nem imaginas o quanto fico contente por ti!
Apenas espero que ele te trate bem
Que seja melhor que eu, e não te deixe partir
Porque tal como eu, sei que ele se iria arrepender
Um carinho especial, Primeiro Amor."

quarta-feira, 31 de maio de 2006

Não digas nada.

Encosta-te a mim.
A tua cabeça no meu peito.
Contigo é sempre tudo tão perfeito.
A Chuva cai lá fora
Mas tu dás-me o calor
Entregando-te com esse teu doce amor
Um silêncio mágico
Envolto em olhares
Não digas nada. Não digas nada.
Eu vejo tudo através dos teus olhos.
Encosta-te a mim.

quarta-feira, 17 de maio de 2006

Mar

- Contigo a meu lado, recitei-te eu o poema.

"Mar longiquo, azul como o céu
Belas ondas se desfazem contra as rochas
Cortinas de vento baloiçando os barcos
Pedaços de silêncio perdidos no horizonte
Onde tantos apaixonados juraram amor eterno
E tantas palavras ecoam para sempre..
Tantos sonhos segredados ao mar
Esperanças secretas que o mar assistiu
Guardando para si as memórias.."

- Se o mar falasse..- disseste-me tu.

-Ah, mas ele fala! - respondi eu.
Cada onda que se desfaz, cada rajada de vento que o faz mover
Cada barco que lá passa, o reflexo da lua brilhante
Os raios de sol radiosos pela manha
O por do sol á tarde, o seu azul magnifico..
Tudo isso é a sua forma de falar comnosco. Não acreditas?

Não me respondeste.
Apenas me beijaste usando aquele sorriso terno
Que eu juro, cegamente,
que me leva ao paraiso.

quarta-feira, 10 de maio de 2006

Porque és passado.

Porque uma estrela, é sempre uma estrela, mesmo que deixe de brilhar..
Também eu sou alguém, mesmo deixando de te amar..
Também eu, posso continuar, e ser feliz..
Tal como ele é, cada vez que lhe sorris..
Porque és passado, e é tempo de seguir..
Porque me marcaste, mas já consigo sorrir..
Porque te vi no outro dia, e não sofri..
Porque fui capaz de te olhar, e não senti..
Por tudo, e mais alguma coisa..
Por este puzzle inacabado, em que falta a ultima peça..
A vida. =)

terça-feira, 2 de maio de 2006

Sozinhos contra o mundo.

Diz-me o que sentes.. Não mo escondas.
Quem sabe não terás outra oportunidade para o dizer?
Talvez amanha seja tarde de mais..
Talvez ontem fosse cedo de mais..
Talvez hoje seja perfeito.
Todos esses teus medos, e receios..
Quem te disse que eram verdade?
Quem foi?
Quem te disse tamanha mentira?
Não acredites.. Não acredites.
És e sempre serás a tal.
Não sabes já isso?
Não te disse já que te Amo?
Porque desconfias das minhas palavras?
Então..
Põe a tua mão no meu peito.
Sente o meu coração.
Compreende que é por ti que ele bate.
Percebe aquilo que sinto.
Abraça-me agora, e juntos ultrapassaremos tudo.
E todos..
Não me deixes agora. Tal como eu não te vou deixar.

terça-feira, 25 de abril de 2006

Disseste-me um dia, que me irias amar para sempre, viesse o que viesse.
Acontecesse, o que acontecesse.
Pois bem.. muita coisa aconteceu, e tu não cumpriste a promessa..
Nunca digas que vais amar alguém para sempre, a não ser que o sintas mesmo.
Por favor..
Pensa bem naquilo que dizes..
Nunca digas isso, só porque fica bem..
Di-lo porque o sentes..

...

sábado, 22 de abril de 2006

Um vazio na alma..

Sem ti nos meus braços, sinto um vazio na alma.. Dou por mim á procura do teu rosto no meio das multidões.. Sei que é impossivél, mas não consigo conter-me.. A minha procura por ti é uma busca interminável destinada ao fracasso. Tu e eu tinhamos falado sobre o que aconteceria se fôssemos separados por força das circustancias, mas não consigo manter a promessa que te fiz naquela noite. Desculpa, meu Amor, mas não existirá nunca ninguém para te substituir. As palavras que te murmurei eram absurdas, e eu devia ter percebido isso então. Tu - e só tu - tens sido sempre a única coisa que eu desejei, e agora que já cá não estás, não tenho qualquer desejo de encontrar outra. Até que a morte nos separe, sussurrámos na igreja, e eu tenho vindo a acreditar que as palavras permanecerão verdadeiras até finalmente chegar o dia em que eu, também, serei levado deste mundo.


(Nicholas Sparks)

domingo, 16 de abril de 2006

Não consigo.
Já disse que não consigo.
Porque não conseguem entender?
Acham que não tento?
Acham que não me esforço ao máximo?
Há coisas que por mais que tentemos..
Elas simplesmente não desaparecem.
E tu és uma delas..
Que posso eu fazer?
Ignorar, e tentar seguir a minha vida?
Mas como posso eu, se nao consigo largar o passado?
Enquanto não o conseguir, o meu futuro está condenado..
Porque não te consigo deixar ir?
Um dia disseste-me que eu era a coisa mais importante da tua vida.
Eu não disse nada, apenas sorri.
Digo-te agora, que eras a coisa mais importante da minha vida.
e digo-te agora, que és a coisa mais importante da minha vida..

sexta-feira, 14 de abril de 2006

Talvez

Talvez..
Talvez um dia..
Talvez um dia nos voltemos a ver
Talvez um dia isto tudo mude..
Talvez um dia eu encontre o meu desejo..
Talvez um dia..
Por agora, vou ficando por aqui
Enquanto a chuva vai batendo na janela
Sonhando e sonhando
Que talvez um dia..



Uma boa pascoa para todos! e um muito obrigado para quem vai comentando :)

domingo, 9 de abril de 2006

Sombra

Achas que ninguém vê?
Quando te escondes nessas sombras
Fugindo da vida, fugindo de ti próprio..
Achas que ninguém vê?
O amor que entregaste
Os obstaculos que venceste
Tudo aquilo que sofreste..
Achas que ninguém te vê?
Quando te deitas sozinho..
E deixas as lágrimas correr
Com saudades de alguém..
Achas que ninguém vê?
Quando lês a carta que não enviaste
Endereçada áquela pessoa..
E o teu sorriso desaparece
Achas mesmo que ninguém vê?

sexta-feira, 7 de abril de 2006

Silêncio

- Porque? - Disse-lhe eu. - Se tudo parece não valer a pena.. Se tudo parece inútil e a vontade de fazer qualquer coisa para mudar, é cada vez menor?

- Mas vais ver que isso vai mudar!

- Mudar? Só se for para pior! Cada passo que dou em frente, é como se tivesse a dar 10 para trás. E os bons tempos nunca chegam..

- Eles chegam. É só teres paciencia. Vais ver que vais encontrar alguém que te mereça, alguém bem melhor!

- Melhor? Mas o problema sou eu, não os outros! O problema é eu ser assim, tão longe da perfeição, e ainda muito afastado do razoavél.. É não saber entender as outras pessoas, nem me entender a mim. É não conseguir fazer que as pessoas gostem de mim! É falhar como pessoa..

- Hum.. Eu gosto, seja como fores. És tu próprio, e é isso que me interessa. Por mais defeitos que tenhas, continuas a ser perfeito aos olhos de quem gosta mesmo de ti. Faças o que fizeres.. E para mim, tu és perfeito.

e fez-se silêncio.. Com palavras.

segunda-feira, 3 de abril de 2006

Momento inesquecível

- Também pensas que sou estranha? - perguntou-me.

A maneira como o disse magou-me muito mais do que eu imaginara possivél. Estavámos quase a chegar a casa dela quando lhe cortei o passo e a abracei com força. Beijei-a e, quando nos separámos, ela olhou para o chão.
Coloquei o meu dedo por baixo do queixo dela, levantado-lhe a cabeça e fazendo com que olhasse de novo para mim:

- Tu és uma pessoa maravilhosa, Jamie. És linda, és generosa, és delicada.. És tudo o que eu gostaria de ser. Se os outros não gostam de ti, ou pensam que és estranha, o problema é deles.

Sob o brilho acinzentado de um dia frio de Inverno, reparei que o seu lábio inferior tremia. Com o meu acontecia o mesmo, e percebi subitamente que o meu coração também estava a acelerar. Olhei-a nos olhos, sorrindo como toda a emoção que consegui reunir, sabendo que não conseguia manter as palavras dentro de mim por mais tempo.

E então disse-lhe..



(Nicholas Sparks)

sexta-feira, 31 de março de 2006

Flor

Uma flor para ti, por tudo o que passamos.
Uma flor, pelas vezes que me fizeste sorrir.
Pelas noites perdidas a pensar em ti.
Por todos os suspiros por tua causa.
Pela imensidão de sonhos, em que tu aparecias.
Por todas as vezes que me fizeste feliz. (fazes-me sempre..)
Em que me fizeste sentir bem.
Por todas as vezes em que estava frio, e me aqueceste.
Por todos os abraços que me deste.
Por todos os momentos que passamos agarradinhos.
Por todas as vezes que passeamos de mão dada.
Por todas essas vezes, uma flor.
E por todas essas flores, um jardim.
Um jardim, onde eternamente poderemos passear
E as flores sentirão inveja da tua beleza.

terça-feira, 17 de janeiro de 2006

...

Estou aqui para te amar, para te segurar nos meus braços, para te proteger. Estou aqui para aprender contigo e para receber o teu amor em troca. Estou aqui porque não existe outro sitio onde possa estar.
Mas depois, como sempre, a neblina começa a formar-se enquanto permanecemos juntos um do outro. É um nevoeiro distante que nasce do horizonte, e descubro que começo a ficar com medo á medida que ele se aproxima. Ele insinua-se lentamente, envolvendo o mundo á sua volta, cercando-nos como que para evitar que fujamos. Como uma nuvem rolante, cobre tudo,fechando, até mais nada restar, senão nós dois..
Sinto a minha garganta a começar a fechar e os meus olhos a encherem-se de lágrimas porque sei que sao horas de partires. O olhar que me lanças naquele momento persegue-me. Sinto a tua tristeza e a minha própria solidão, e a dor no meu coração, que permanecera silenciosa só por um pequeno intervalo de tempo, torna-se mais forte quando tu me soltas. E então estendes os braços e dás uns passos para trás, desaparecendo no nevoeiro porque ele é o teu lugar, e não o meu. Anseio por ir contigo, mas a tua única resposta é abanares a cabeça porque ambos sabemos que é impossivél.
E eu assisto com o coração a partir-se enquanto desapareces lentamente..


( Nicholas Sparks em " As palavras que nunca te direi" )

domingo, 25 de dezembro de 2005

Recordação

Recordação

Ó mar imenso, que ao longe deslumbro
Perdido azul, que ao céu se junta
Traz-me de volta aquele amor
Aquele amor, que um dia me deixou
Aquele amor, que um dia a ti se uniu
Me deixando em lágrimas e suspiros
Traz-me de volta, o passado
E leva o futuro contigo
Deixa-o ir por entre ondas e marés
Deixa-o afundar-se, para nunca mais voltar
A ti te dou o meu futuro, a minha vida
Se a mim me deres o passado, a minha vida
Ó mar impune que lentamente me vai levando
Leva-me de volta para junto do meu amor..




(Se alguém quiser enviar algum texto para por aqui - Só textos originais da pessoa sff - escrevam no coment, que eu indico para onde devem enviar =P )

quarta-feira, 21 de dezembro de 2005

Saudade III (ultimo..)

Será possivél que isto tudo não terá um fim?
Se até nos tivemos um fim, porque é que a dor tb não o tem?
Estarei eu destinado a uma vida de sofrimento? Será sempre assim?
Não acredito como tudo pode mudar. Quando achamos que tudo está optimo, algo acontece, e ficamos pior que nunca.
Não é justo. Nada é justo. Mas como dizem.. 'A vida não é justa'.

Está a chover lá fora.
Estou encostado a janela, a ver as gotas de chuva, embaterem no vidro.
Faz-me sentir bem.
Decidi que isto tem de terminar. Não posso continuar desta forma. Tem de existir um fim para isto.
Decidi te deixar ir de vez. Deixar-te-ei, esta carta. Pode ser que um dia a leias.
Espero que sejas feliz. E digo isto o mais sinceramente possivél.
Havemo-nos de nos encontrar.
Adeus.

sábado, 17 de dezembro de 2005

Saudade II

Disseram-me que tudo na vida passa. Que o amor acaba sempre por passar.
Disseram-me que tudo é efemero. Que até a maior dor, acaba um dia por desaparecer.
Então, porque é que isto parece não passar? Porque é que apenas parece aumentar?
Porque é que cada lágrima que cai, em vez de atenuar a dor, apenas a faz crescer?
Porque é que choramos? Se a dor não passa. Mais valia sorrirmos, e tentar continuar.
Deixei de tentar perceber. Deixei de tenter encontrar a razão. Já a sei á muito tempo.

Hoje perdi-me num dos inumeros sonhos, em que tu apareces.
Iamos a andar pela rua, de mão dada, e tu só sorrias para mim. Acordei a sorrir também.
Mas rapidamente me apercebi, que era simplesmente um sonho..
A dor aumentou. Esteja acordado ou a sonhar, tu estás sempre presente. Mas no entanto tás sempre ausente. Quando vai isto terminar?

quinta-feira, 15 de dezembro de 2005

Saudade

Gostava de te voltar a ver. Falar contigo. Sei que não devia, mas a vontade é inabalavél.
Dizem-me para o não fazer. Para não trazer o sentimento de volta.
No entanto.. ele nunca desapareceu.
Gostava que chegasses a ler isto.. Mas sei que isso nunca irá acontecer.
Ás vezes penso em ti. Constantemente. Tento evitar ao máximo, mas nunca o consigo.
Tenho saudades tuas. De te ver sorrir. Da forma querida como ficavas séria de repente.
Tenho saudades das nossas noites, onde adormeciamos abraçados. Juro que ainda consigo sentir o teu cheiro, aqui comigo.
A tortura é enorme. Não te consigo deixar ir. Não consigo. Por mais que tente.
Enquanto te escrevo isto, as lágrimas vão caindo. Lágrimas de tristeza. Lágrimas de saudade. Será que ainda pensas em mim, de vez em quando? Se ainda te lembras do que passamos..